sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

estrada

Sou medrosa, confesso - e só confesso aqui. Tenho medo de tudo que não posso controlar, tenho medo de não alcançar os sonhos.
E, às vezes, por conta do medo, deixo até de tentar. É mais fácil não ter, do que perder. Não tentar, do que fracassar.

Muito bonito dizer que sempre vale a pena tentar, mas eu tenho medo. Medo de iniciar a caminhada, parar no meio do caminho, quase sem ar, prosseguir, e, no final, perder.
Mas o que eu ganho ficando parada?

Acho que é hora de tentar.. até já passou da hora, na verdade.
É que o tempo não tem piedade, não espera eu sentar e decidir o que fazer - enquanto tomo uma xícara de café.

Um ano é tanta coisa, que eu me apavoro só de pensar. E, penso também, na expectativa - minha e dos outros.
E lá vem ele, o medo.
Tô indecisa, mas, pela primeira vez, pesando mais pro lado de tentar, de andar.

Quero força, coragem e positividade.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alma perdida

É fácil chegar lá, na cidade das almas perdidas. Não tem placa de aviso pra não entrar, mas, assim que você chega, fica com a sensação que deveria ter, já que o caminho pra chegar lá é tão simples.

E você sente medo, e dor, e sente solidão, e sente desespero. Olha em volta e vê almas machucadas, mutiladas, agonizando. Sabe como chegou ali, mas não como sair.
Não é só fazer o caminho inverso, é bem mais difícil, e esse ninguém ensina.

Por algum tempo, luta consigo mesmo, pede socorro, pergunta como voltar pra casa. Depois, a lembrança de ter um corpo quentinho só pra si, vira uma saudade distante. Até se acostuma a viver entre as lágrimas e o peito apertado. E, talvez, seja até mais seguro.

Mas, ainda assim, sente que pode fazer mais, ser mais. E, as feridas começam a cicatrizar, a dor vai diminuindo com o passar dos dias, das horas. Você lembra quem é de verdade, e tudo que pode fazer. Sabe como voltar pra casa, é tão simples, afinal. E volta, e se sente meio feliz e muito mais forte do que já foi um dia. E deseja nunca mais seguir o caminho até à cidade das almas perdidas.

(até que algo venha e traga muita felicidade, e você, já esquecido da dor, se entregue, novamente. e fique muito feliz, ao ponto de, no final, fazer o caminho de volta à cidade das almas perdidas).

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

um dia a gente (não) aprende

Vendo minha mãe arrumar a cama e só pegar o lençol/travesseiro dela, fiquei pensando que, talvez, a gente nunca amadureça. Que a história de sermos eternas crianças, seja verdade.

Eu, às vezes, dou ataque por tão pouco, me desespero, falo besteira, ajo sem pensar, não consigo encarar certas situações. Sempre ponho culpa na imaturidade, mas há a esperança disso um dia passar, de, com o tempo, conseguir lidar melhor com um monte de coisas. mas será?

Humanos, claro, seremos sempre, e, por isso, os defeitos sempre estarão ao nosso lado pra nos lembrar que impossível mesmo é ser perfeito, maaas tô falando mesmo é de maturidade.

Talvez, daqui a uns anos, eu esteja casada e não pegue o lençol/travesseiro do meu marido, por estar brigada com ele. talvez.