terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Navegando

Notas de terror ao fim da página.Um achar que nunca vou conseguir,que nunca vou ter.Um tudo criado por mim.Um tudo que eu invento,e pode ser nada,afinal.

Agora,um deixar levar.Uma alma lavada sabe-se lá porquê.Uma sensação leve,que pode ser só por hoje,mas é.Um acreditar,somente,que não sei,e não preciso criar.Tenho pincéis para pintar o presente,tintas pra jogar,agora.Não pra amanhã.

E,embora perdida,sem saber qual cor usar primeiro,estou inteira.Alguns pedaços,pode até ser,que tenham sido deixados por aí.Mas estou inteira com o que tenho,no momento.Estou colada,embora não sem medo de partir,novamente – o que é mais fácil,depois que acontece uma vez.

Sei bem das minhas confusões,das coisas em mim que não posso controlar.Do cansaço,às vezes,nas pernas.Mas,por agora,não ligo.Sei bem,também, que sou forte,que tenho flores, muitas flores pra colher.Que gosto de sorrir,e que as coisas ficam mais bonitas assim.

Deixa eu sonhar de ser assim todos os dias.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Choro

"Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo por que digo mais, se não estou certo se alguma vez chorei. Acho que sim, um dia.Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro,fora."
Caio F.

Tava pensando nisso outro dia,que faz tempo que não choro.E é engraçado falar assim,porque fica parecendo que o normal é chorar sempre.Mas,bem,geralmente é assim.Especialmente,com as mulheres,ou especialmente,comigo mesmo,vai saber.

Antes,quando mais nova,eu chorava mais,e,quase sempre,sem motivo.É,sem motivo mesmo.
Hoje,vez ou outra,ainda choro sem motivo,mas isso é raro,bem raro.
E,no todo,eu não ando tendo motivo pra chorar.Mas também nem ando tendo motivo pra rir,pra nada.

Sei que tô me sentindo entupida,cheia de alguma coisa.Tem algo que tem que sair,e é por lágrimas,mas elas não vêm.
E eu vou esquecendo,e seguindo.E daí que,às vezes,a respiração fica pesada,e lembro das minhas lágrimas presas,e dos meus motivos pra nada.

Sei lá o que eu quero,o que tenho que fazer.vou dar cambalhota,virar estrelinha,roubar uma das cores do arco-íris.sei que algo tem que acontecer.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

2010,21 verões.

É clichê final de ano trazer nostalgia à maioria das pessoas.E,bem,eu sou uma delas.E mais,eu,ainda por cima,faço aniversário na primeira semana,do primeiro mês do ano.

Daí que é muita coisa pra pensar,pesar,sentir.
Sabe,2009 não foi lá um dos meus melhores anos,não.
Continuei com minha conhecida âncora.comecei e saí de um emprego.terminei um namoro.

Sonhava mais antes.E achei que,aos 21 anos,teria/seria bem mais do que sou/tenho,hoje.
Cadê meu próprio apartamento?E as festas que eu iria dar nele?Faculdade?Onde está o namorado?Ótimo emprego,oi?

Sei que ainda posso conquistar/ter tudo isso,mas não é disso que tô falando.Queria agora,queria já ter.

E ando tãão desanimada,como até já disse aqui,mas me deixa falar de novo,ser repetitiva,e reclamar,reclamar,reclamar.
Até Natal que sempre me inspira,esse ano não me disse nada.

Espero que 2010 venha com mais força pra mim,mais gosto de vida,vontade,láápis coloridos,paz,amor,dinheiro,realizações.
E,bom,espero isso pra todos também :).

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Boneca de olhos grandes

Era uma vez uma linda boneca,de cabelo enrolado e olhos bem grandes,castanhos.
Ela morava na prateleira mais alta de uma loja,junto com suas iguais.

O que ninguém sabia,era que a boneca tinha um defeito de fábrica:ela tinha sentimentos!Tinha amor em toda parte do seu corpo de plástico.

Se apaixonava por cada olhar que passava por ela,que a observava,e sempre tinha esperança de ser correspondida.
Sentia-se vazia,incompleta,insatisfeita.Sabia que tinha mais pra ver,mais pra sentir,fora da caixa,da prateleira mais alta.

Acompanhou olhos de todas as cores,leu desejos escondidos,e quis fazer parte.Sonhou com beijos,abraços,toques.Se frustrou,magoou,chorou,se desesperou,sofreu.Mas tudo por dentro.Ninguém podia enxugar suas lágrimas invisíveis aos olhos.

Com o tempo,só restou ela,na prateleira mais alta da loja,já cheia de pó,por dentro e por fora.
Tinha se tornado uma boneca amarga,e sabia disso.Sabia mais,tinha consciência de que essa não era sua natureza,que bonecas eram feitas pra brincar com crianças,e não pra se arrepiar e sonhar com um amor.

Já tinha sido tantos amores secretos,tantas mãos macias tocadas em sonhos,que ela decidiu,enfim,parar de sonhar.
Não observava mais os olhares,nem tinha mais esperança que alguém a amasse.

Foi,com os dias,parando de desejar,de querer,de pensar.E se tornou uma boneca de plástico sem sentimentos,afinal.
Foi,então,comprada,e embalada no colo de uma criança.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Muito amor

O amor começava no couro cabeludo e ia parar na ponta do dedão do pé.Era intenso,era forte,vivo,vermelho.E era por tudo.
Ela não gostava de uma música,amava.Nem gostava de um corte de cabelo,amava.

Mas,entre todas as coisas que tinha tanto amor,nunca sentira nada assim por um homem.Porém estava sempre tão ocupada amando por aí,que isso não lhe fazia falta.

Voltou de uma balada,meio bêbada,sozinha.Cismou de ir embora,ou só andar.Não avisou aos amigos.Queria mesmo é falar com as estrelas.

Deitou em um chão sujo,com seu sorriso mais besta no rosto.
Fechou,depois,os olhos,e quando abriu,tinha companhia.Olhou assustada,e viu um cara qualquer,que como ela,devia estar bêbado.
Pegou a sua mão,e lhe disse:Eu te amo!

Não era efeito do álcool,nem da poesia da noite.Era efeito do seu amor

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A lua que gira, que gira, que gira...♪

De um sol que aparece lá fora,mas nem sempre aparece aqui dentro.
É quando tudo em você insiste em estar cinza,em chover pensamentos negativos,fiapos de desânimo.

Quando você não consegue acompanhar o tempo,se perde nos sonhos,que,por ora,parecem não chegar.

A mão vai ficando frouxa,o chão vai saindo,as pernas quase não querem mais caminhar.
E você sorri,e até se diverte,quando consegue,por momentos,esquecer o buraco do fundo do poço da alma.

É um perder em si mesmo,entrar e não conseguir sair.Ficar preso em tanto passado,em tanto medo do futuro,e esquecer do presente.

Quando as pérolas do cordão caem todas no chão,e você pensa se vale a pena catar uma por uma,pegar só algumas,ou deixar todas pra lá.
E não sabe bem ao certo,se a opção for catar todas,como fazer.

Quando todo dia é igual,e toda vontade menor.
Quando só se pensa no que poderia ser e não é.
Se quer mais abraços,mais sorrisos.

Quando precisa de mais lua no olhar.

sábado, 5 de dezembro de 2009

E o que é que a vida fez da nossa vida? ♪

Nem sei se quero comentar isso aqui,mas anda me incomodando,sabe.

Semanas atrás,porque orkut está aí pra isso,fui fuxicar o orkut de um ex meu,de tempos atrás.
Vi foto do pai dele junto com a atual namorada.
E,sim,a frase clichê:'Ex é sempre ex',funciona comigo.

Fiquei com um tantinho de ciúme,e com um pouco de raiva.Afinal,em meses de namoro ela tinha uma foto com ele,e eu nunca tive,em muito mais tempo.E na legenda ainda dizia:Meus amores.

Nós,humanos,somos mesmo pequenos e egoístas.E,por vezes,só olhamos pra nós mesmos.E,sim,a vida está aí pra esfregar isso na nossa cara.

Dias depois,vi,no nick dele do msn,algo referente a luto.Entrei de novo no orkut.E choque:O pai dele morreu.
Mas ainda tinha esperança.Entrei no msn,de novo,e vi já explícito,no nick,que o pai havia morrido.

Sei nem explicar minha reação.Chegou a dar dor no peito.Lembrei dele com seu jeito de garotão,bermuda florida,camiseta,sorriso sempre aberto.
Pensei na mulher dele,no sofrimento.Pensei,claro,no ex,e na dor imensa.

Fui perguntar,mesmo estando há muuuito tempo sem falar com ele,pelo pai,no msn.Ele estava ausente,e não sei se por isso ou não,não me respondeu.
No dia seguinte,vi a resposta dele,que confirmava a morte,em uma só frase.
Mesmo ele estando off,escrevi algumas coisas de consolo,mesmo sabendo que nada consola uma perda desse tamanho.

Ele não me respondeu mais.Não sei se pela namorada,pela distância nossa de agora.Mas fato,que acho isso injusto.
Como a vida faz isso.Como uma pessoa que já significou tanto pra mim,está sofrendo,e eu não posso abraçar,segurar a mão,dizer que qualquercoisasógritar.

Queria confortar,ser ombro amigo,tentar levar algumas cores ao coração dele.
Eu bem sei do amor e da admiração que ele sempre dedicou ao pai.
Eu vi,muitas vezes,os olhinhos dele brilhando pra falar deste.

E agora,tô aqui de longe,torcendo pra que ele tenha fé,pra que Deus dê muita força a ele,à mãe dele,à família,pra superar,e continuar seguindo a caminhada.

Sei lá,estou muito estranha com tudo isso.Muito.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Saudade

-Você sabe o que é saudade?
-Sim,eu sei.
Ela perguntou,ela respondeu,e era assim que queria.
Ela sabia o que era saudade.E não só no dicionário,também como era sentir.
Afinal,sempre sentira,de muita coisa,de muita gente.
Mas então o que era isso que estava sentido,agora?

Ele disse que iria embora,disse que não a amava mais.
Ela não fez nada,nem chorou,e foi,exatamente ali,que o sentimento começou.
Foi imediato.
Tinha o formato da saudade.Mais era maior.Maior que o coração.

Foi em uma reunião de amigos,em comum,que se conheceram.Ele,depois contou para ela,que sentiu seu cheiro de frutas vermelhas,quando passou perto,e sabia que seria dele.
Ela o achou lindo.Podia ver seus olhos castanhos e seu cabelo liso,mas podia ver mais.

Sentou,e pôs a mão no coração,para acarinhá-lo,na esperança,que não tinha,de fazer a dor diminuir.
-Não me ama mais?

-Você é linda.
E era o que realmente achava daquela menina, de pele macia,branca,de cabelos escuros,lisos,boca avermelhada e carnuda,que lhe ofereceu um beijo,sem dizer nada.
A lua brilhava sob o mar.E ela sabia que não poderia ter feito melhor escolha,do que ter saído da reunião,e ido à praia.

As Lembranças passavam pela sua cabeça.Eram tantas.Se pudesse esquecer.
Se pudesse correr atrás dele.

A areia era quase um convite já aberto.
Deitaram ali.Observaram o céu.Se tocaram.Ela sentiu a pele quente dele,o desejo em cada parte,aumentando o seu.
Foi o sexo mais bonito que os dois poderiam ter.

Não era a saudade que sentia dos amigos,nem da infância,nem a saudade que sentia dos pais.Não era nem mesmo a saudade dele.Era a saudade do amor.

sábado, 28 de novembro de 2009

Um tanto sobre ela

Ela não tem medo do escuro,mas gosta de dormir,com um pouco de luz no quarto.
O que a assusta de verdade,são sentimentos.Essas coisinhas com vida própria,que não se pode,ao menos ensinar.

Sonha muito,e acha que um dia,as coisas,simplesmente vão chegar.
Ainda espera,mesmo sabendo que não existe,o príncipe encantado.

Acha que amigos são coisas preciosas,e tem uma saudade enorme dos seus,que antes eram mais seus ainda.
Não gosta do tempo passando assim,tão depressa.
Queria poder,às vezes,parar um pouco o relógio.

Acha injusto que,na velhice,depois de ter plantado tanta coisa,aprendido um tanto mais,a maioria das pessoas,virem dependentes e não possam ensinar um pouco,como é a estrada até lá.

Se encanta com sol,lua,estrela,mar,sorriso,saudade,flor,mãos dadas,cheiro doce.
Escreve cartas,inventa situações,faz um mundo seu,que não existe.

Fica triste,vez ou outra,sem motivo aparente.
Gosta de segurança,de ter asas,mas saber pousar.
De fugir de tudo,um pouco,às vezes.

Ela tem palavras doces guardadas,mas nem sempre sabe dizer.
Tem horas que briga por si e horas que não sabe se defender.
Sabe que um abraço pode curar,e,hoje,entende a dor de um coração partido.

Detesta magoar as pessoas que ama,e também ser magoada.
Tem problemas em perdoar,e,muitas vezes,não queria ter.
Vive em constante conflito com um senhor,chamado orgulho,que insiste em morar nela e atrapalhá-la.

Não gosta de cometer erros e demora um pouco até aquietar e entender que não tem como voltar atrás.
Algumas palavras ainda estão presas em seu olhar.

Dá ataque,diz que não quer,desenha no ar,fecha os olhos,finge não ouvir,chora sozinha,ri escandalosamente.

Pode até,em alguns momentos,se achar a dona da verdade,mas sabe ouvir e respeitar a opinião dos outros.

Hoje já consegue,um pouco,controlar o ciúme,que antes,dilatava-lhe a pupila.
Tenta sanar alguns defeitos,que lhe fazem mal.Já outros,acha que são parte boa de sua essência.

É mulher,mas,na maioria das vezes,se sente menina.Fica assustada por estar crescendo.Acha que não sabe ser adulta.

Ela é estabanada,distraída,desconfiada,ausência e confusão.
Um pouco algodão,muro,bola de sabão.Eu sou.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Quase mulher

Parou em frente à porta de casa,com as mãos nos lábios.Poderia até estar apaixonada,se soubesse o significado.
Ainda sentia o gosto de menina crescida,e podia refazer os minutos vividos a pouco,com a mesma exaltação no coração.

Tinha planejado tanto o grande dia,que não imaginava que seria assim,tão ao acaso.
As pernas nunca tinham tremido tanto,e ela não sabia o que fazer com aquele segredo.

Entrou em casa,olhando para os cantos e ficou feliz ao se ver sozinha.Correu para o quarto,olhou-se no espelho e viu,pela primeira vez,a boca que,agora,já tinha sido tocada por outra.

Já tinha quase quinze anos,mas estava se sentindo uma mulher.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Doce

Ele:Quando você exatamente começou a gostar de mim?Você sabe?

Ela:Quando os seus olhos deixaram de ser qualquer olhos.

Ele:E,sabe,eu tive certeza,quando você pegou na minha mão,rindo,não lembro o motivo,e tudo pareceu poesia.

Ela:É engraçado amar,não é?Tanta gente vive fugindo.Às vezes,se não correspondido pode ser doloroso,mas quando,sim,dá uma paz,uma segurança com vontade de gritar.

Ele:E essa saudade que não passa?Esse correr dos ponteiros quando estamos juntos?

Ela:Melhor acordar com gosto doce.

Ele:Ei,quer casar comigo?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

E sumiu...

Inconstante deveria ser meu sobrenome,sério.
Daí que você volta a me ligar,não segue o projeto,não vai pra o caminho oposto da minha estrada,e eu,volto a ser indiferente,volto a não sentir nada.

E,na verdade,era isso mesmo que eu queria,mas não posso,não achar estranho.Pensei até,em ser egoísmo,em,no fundo,eu estar querendo é ter você assim,atrás de mim,mas sei que não é isso,embora pareça.

Olha,é que a gente não dá certo.Eu sou muito confusa,você é muito confuso.E eu não sei reconstruir.Acho que tudo que quebra,que estilhaça pedaços,mesmo se for colado,mostrará rachaduras,e,sendo assim,será fácil partir novamente.E não me dou bem,com coisas quebradas,ainda mais,se conter pedaços,também,do meu coração.

E segurança?Preciso dela,e você não me dá,nunca deu.Então deixa assim.Vamos nos lembrar,ter saudade,às vezes.Seguir,cada um,a sua música.E,se no fim,as notas se juntarem,que seja pelo vento.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Simplicidade

Era um dia qualquer,mas era um dia ensolarado.E ela adorava o sol.
Acordou às 07:00,com sua,já conhecida,preguiça matinal.
Mas ao abrir a janela,por instinto,não por costume,viu que o sol veio lhe dar bom dia.Sorriu.

Saiu de casa já arrumada pra ir ao trabalho, perfumada, trazendo no bolso sorriso, sabendo que era, sim, um dia qualquer, mas um dia ensolarado.

Ela, que havia chorado por horas antes de pegar no sono, e andava a reclamar da vida, e não se conformava com o término de um namoro tão longo. Que não sabia mais o que era ser sozinha e estava assustada.

Olhou para o carro, mas resolveu que iria caminhar. O local do trabalho era longe, porém isso não importava.
Chegou atrasada, passou direto. Não, ela não queria sentar em um escritório. Queria mais, queria a vida, queria a ela mesma.

Tirou a sandália, soltou os cabelos, respirou fundo a felicidade que parecia chegar perto, vindo não se sabe da onde como a chuva que veio molhar o rosto.

Sabia que era o dia certo pra correr, lavar a alma, e si ter como companhia.
Chegou em casa leve, quase contente.
Foi um dia qualquer, mas um dia ensolarado-chuvoso

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Do amor que existe

Sou meio cética em relação a certas coisas do amor. Sempre que vejo em filme/novela/seriado, um amor solitário, que perdura/perdurou por anos, digo que é exagero.

É que acredito – e até gosto de acreditar - que nosso coração, mesmo que à força, expulsa algo/alguém que não é bem-vindo, depois de um tempo.

Mas foi no curso, no dia-a-dia, que fui conhecendo a encantadora-doidinha-Matilda*, que tem muitas coisas escondidas na alma, e eu acredito saber mais do que muita gente que a rodeia. Foi reclamando do atual e recente namoro, por não lhe trazer felicidade alguma, que acabou por confessar um amor, um grande amor.

Contou que aos 13/14 anos resolveu que seria legal passar troque pra telefonistas americanos (¬¬). E de cara conheceu um homem americano-mexicano que, por brincadeira – ou qualquer outra coisa. não sei - deu ‘ideia’ pra ela.

E, mesmo no espanhol arranhado, ela se encantou. Começou a ligar quase todos os dias, até mesmo para casa dele. Entre conversas banais, confissões e, por vezes, até declarações, o amor bateu à porta de Matilda*.
Pré-adolescência, idade em que se acha tudo possível, fácil e apaixonante.

Maaas, depois de um tempo, toda vez que ela ligava pra casa do moço, uma mulher atendia. De início, quis ignorar, pensar o melhor, porém, por fim, resolveu perguntar à moça quem ela era. E ouviu o que não queria, que ela era esposa dele.
Matilda, até mesmo pra moça, confessou seu amor.

Resolveu que seria melhor parar de ligar.
Até aí, tudo não passaria de um amor bobo adolescente, se hoje, depois de sete anos, ela ainda não amasse Ricardo*.
Sim, os olhos dela brilham ao falar dele.

Nunca mais amou ninguém, ainda chora por ele e se pega, na internet, olhando a rua que ele morava nos Estados Unidos.
Só telefone, nunca trocaram uma foto sequer.

Eu, pé no chão que sou - na maioria das vezes - poderia sentir pena, mas no fundo, achei bonita a capacidade de amar desse tamanho.
Mas mesmo assim, tentei dar conselhos sensatos quando ela me disse que um dia vai ter coragem de ir a um programa contar a história e pedir pra procurarem Ricardo* ou mesmo de ir para os Estados Unidos. Sendo que agora ela não sabe mais onde ele mora nem o número atual do telefone.

Amor deve ter mesmo dessas coisas que eu digo, muitas vezes, não crer.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vergonha

Escrevendo pra me lembrar de diminuir só um pouquinho não beber mais, que é pra não sentar na mesa de desconhecidos, não perder a memória, não vomitar na cama, não ficar com ressaca do mal.

E, mais importante, pra não falar demais, comprometer amigos e depois nem saber o que foi feito. Pra não ficar muito, muito mesmo envergonhada e querer que parem de contar as coisas ditas/feitas.

Pra não ter que pedir desculpas, escrever e-mail pedindo desculpa.
Pra não atrasar a vida de ninguém. amém.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Muito

Já olhou o sol hoje? Está tão brilhante que parece estar dentro de mim. Sim, eu também gosto da noite. Adoro, na verdade, e se o céu estiver lindo, cheio de estrelas e com a lua bem redonda, eu fico feliz, respiro leve, mesmo que tenha motivos pra estar pesada.

Ah, sim, eu sei que estrela cadente nada mais é que meteoro, mas não deixo de fazer um pedido a ela.
Também gosto de arco-íris e mais ainda de toda a metáfora que envolve ele. Aquela história de ele vir depois da chuva, coisas boas, depois de ruins. Só não sei se é verdade sobre o pote de ouro depois dele. Nunca fui lá. Você já foi?

Sabe que, às vezes, eu queria ter asas. Não ri, é sério. Diz que não seria legal sair por aí voando, sem destino? Outras horas, queria apenas umas roupas e um violão. E, ah, queria saber tocar violão.

Gosto de perfume doce, pele cheirosa. Olha, cheira meu braço. Bom, né?
E cheiro de flor? E a suavidade dela? Nossa, acho flor coisa linda demais, me encanta. Não gosto de mexer na terra, plantar, mas se vejo um canteiro bonito, um jardim bem florido, paro pra ver, reparar, tocar.

Mas é disso mesmo que estou falando, ué. Tem tanta coisa nesse mundo. E, muitas delas, podemos ver todos os dias e não vemos.

Também gosto de escrever. Ah, sei lá, escrever qualquer coisa. De dentro pra fora, de fora pra dentro. Pode ser algo do mundo, de alguém, de mim. E, às vezes, de soltar o dedo, deixar o lápis correr, colorir o branco do papel, com palavras de mim, com excesso exposto.
Pode parecer sem sentido, pode parecer eu.

É que (sou) gosto de muita coisa. Ah, muita coisa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Princesa Coração

Era uma vez uma princesa chamada Coração.
Ela, aliada do amigo Cérebro, era sempre muito bondosa e respeitada no reino.

Um belo dia ,não tão belo assim, a Princesa, entediada, inventou o amor pra se distrair e, muito contente, foi contar ao amigo Cérebro, que disse que a ideia não poderia dar certo, e não ajudou a aprimorar o invento.
Ela, muito magoada, prometeu não pedir mais ajuda e nem ser mais aliada.

Foi então que como castigo ,um dos Deuses que observava a história, ordenou que os dois morassem sempre no mesmo lugar, achando que assim, um dia, eles voltariam a concordar.


(mas será?)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sorriso de Marta

Marta era assim, sapeca de sorriso no olhar, olhos cor-do-sol, ao que ela me retrucava não existir. Ora,como não, podia ver a cor do sol no olhar dela.
Reconhecia seus passos de longe, e ao invés de olhar logo, fechava os olhos, e brincava de imaginar seu all star passeando entre as pessoas. Branco, all star branco, ou amarelo por falta de limpeza. Como pode, tão relaxada comprar logo tênis branco.

Gostava de cosquinha na barriga, e de me morder. Eu perguntava se ela era gente ou gato. Ela ria. Ah, o sorriso de Marta. Consigo ouvir e sentir dor no estômago de saudade.

Às vezes, me sentia pai dela, mas sempre cheio de tesão por aquelas pernas grossas e peitos miúdos. Boca molhada, cheiro doce.

Eu ficava vermelho quando alguém na rua elogiava a beleza da minha filha e seus cabelos enrolados. Ela ria-se toda, e me dava um beijo na boca, deixando a mim e a quem perguntou constrangido.

Pela manhã, seu hálito era bom, e eu tinha que me esforçar pra conseguir um beijo, antes dela escovar os dentes.
Adorava tirar meu lençol no frio pra me ver remexer na cama até acordar, e encontrar o sorriso faceiro.

Se dizia forte, segura de sentimentos, mas chorava vendo filmes românticos, que me obrigava a assistir com ela, até que, por fim, quem queria ver era eu.

Deslizava de calcinha pela casa, comia uma maça distraidamente, sem saber como o meu coração andava com ela.
Aparecia com unhas pintadas de coral, azul e até amarelo.
Se fosse a minha filha, eu criticaria, mas era ela, era Marta.

Tinha ímpetos de correr pela rua me carregando. Eu não entendia, nunca entendi, mas a seguia.
Dizia que meu colo havia sido feito pra ela. E havia mesmo.

Um dia, ela não apareceu. Não sabia nada dela. Nem seu endereço, só um número que quando liguei disseram não existir.
Ela decidia me ver, e, de repente, decidiu não ver mais.

Ah, o sorriso de Marta. Pode alguém da minha idade chorar por amor?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Porque não entendo.

Sentimentos têm dessas coisas impulsivas, estranhas. A beleza mora aí, eu sei, mas isso me assusta, assusta muito. E, sabe, eu tenho um medo enorme de tudo isso.

Não entendo ter você, meses atrás de mim, me ligando, querendo me ter novamente, sem eu ligar, sem sentir nada. Tendo certeza que tomei a decisão certa.
E de repente, ter o estômago revirado por falar ao telefone com você.

E, logo em seguida, você me dizer que resolveu seguir sua vida, que tem um projeto,q ue não vai mais me procurar.
Daí que passei três dias, após isso, me esforçando ao máximo pra não pensar em você, não sentir os bichinhos do meu estômago que eu tanto detesto pulando aqui dentro.

E, a cada toque do telefone, eu paralisava. Engraçado, antes, vez ou outra, mandava alguém falar pra você que eu não estava em casa, por não estar com paciência. E agora essa inquietação por sua voz.

Sentimentos têm dessas coisas impulsivas e estranhas.

E, ontem, quando você me ligou, não pude evitar um sorriso. Mesmo na sua fala com pressa, querendo deixar bem claro que só havia me ligado pra falar da lua, o quanto ela estava bonita.
Respirei fundo pra dizer que havia sentido saudades, e gostei quando você disse que também havia sentido, e, por isso mesmo, tinha me ligado. Mesmo que depois você tenha se corrigido e dito que foi só mesmo pela lua que você ligou.

Estranho que você não cabe nos meus sonhos, nunca coube, nunca encaixou.
Não é do tipo que lembra de data de mês (pode parecer bobeira, mas eu acho importante, tá?), me quer o tempo todo, é meio anti-social, não gostava de sair com meus amigos, e nem tem a maturidade que espero que meu príncipe encantado tenha. Mas me liga pra falar da lua :).

É que estou confusa, e não sei mais o que eu quero e nem se querer faz sentido agora ou vai adiantar alguma coisa.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Izabella,

É que eu sou muito orgulhoso, e você bem sabe.
Nunca sigo minha primeira vontade, o primeiro instinto. Sempre penso, e com o pensamento, o orgulho me leva para a segunda vontade, tão certa e tão sem cor.

Mas, talvez, esse seja meu primeiro impulso, e é até minha primeira carta, por isso não sei se sei escrever. Me dou tão bem com os números que até me esqueço das letras, mas mais do que elas, o que está saindo aqui, é sentimento.

Não consigo evitar um sorriso ao imaginar sua cara ao receber essa carta, via correio, do jeito mais antigo e bonito.
Mas não consigo imaginar seus sentimentos. Um pouco de raiva eu sei que você irá sentir, mas espero que não seja muito.
Mesmo sabendo que não tenho direito de esperar isso.

Afinal, são anos e não dias, e não sei mais da sua vida.
Quem sabe não vai ser seu namorado que vai ver a carta antes de você. Quem sabe.
Seu cachorro pode te lamber enquanto você me lê. Você comprou um cachorro? Lembro-me que queria tanto, mas nunca concretizava. Aliás, ainda quer ter um cachorro?

Será que ainda toma só um gole de café pela manhã, e sua cor preferida ainda é coral?
Continua pintando as unhas de vermelho e o cabelo de preto?
Será que ainda pensa em mim? Mesmo que de vez em quando, que passe como um cheiro, uma música, mas será?

Talvez eu nunca saiba a resposta ou você queira vir me contar no meu prédio.
Falando nisso, uma ideia me ocorreu: Você ainda mora no mesmo lugar?
Então, talvez, você nunca leia a minha carta.

Mas, se sim, quero que saiba que eu nunca te esqueci, que nunca mais encostei em lábios como os teus. Que meu coração nunca mais palpitou naquela frequência sua, só sua, feita pra você, pra nós.
E nunca mais precisei ser orgulhoso. Acho que nossos defeitos são usados, especialmente, pra quem gostamos.

Não sei como terminar a carta, então fica assim, sem fim, ou talvez, seja esse. Não sei.

André.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Medo de perder vocês

Sei que do jeito que as pessoas vêm,vão também.É o ciclo da vida,e é bonito.Mas eu tenho tanto medo de perder vocês,que são referência pra mim,que me ensinam todos os dias.

E te ver,ontem,vó,tão fraquinha,tão mal,me dizendo que não ia melhorar,me deu uma dor tão grande,choro disfarçado,enquanto vigiava sua respiração,rezando pra não parar.

E essa febre que insiste em aparecer e deixar suas perninhas cada vez mais fracas,me faz tão mal,vô.
Não me imagino sem os seus provérbios,sem fazer cosquinha em você,sem as besteiras que você fala,fazendo minha vó te dar um tapa.

E é tãão lindo ver,depois de mais de cinquenta anos de casamento,vocês,no sofá,de mãos dadas.Ouvir o 'eu te amo' sussurrado.

Ainda me surpreendo com o tamanho do seu coração,vó,mesmo te conhecendo muito bem.E,também,com sua capacidade de mentir,quando fingi que não tomou calmante escondido.

Verdade é que eu queria vocês pra sempre comigo,mas,por saber que não posso,peço,ao menos,mais uns anos,com muita saúde.

Amo vocês,amo muito.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Primavera soprando pr'um caminho mais feliz ♪

Gosto do mês de setembro, mais pela primavera, mas também pelo mês em si, porém, dessa vez, nem setembro trouxe o ânimo que eu precisava. Esperei, então, a primavera, suas flores, cores, sua luz, seu sol.

E ela veio, ainda tímida, mas está aqui, exalando seu ar de coisas novas, dias melhores, esperança, me fazendo sentir bem.

Ando desanimada, sem perspectiva, precisando de um jardim repleto de flores.
Estou mesmo precisando acreditar em coisas novas e, principalmente, em coisas boas.

Os dias estão passando tão lentos, iguais, preto-e-branco, mas agora o raio de felicidade, mesmo que ainda fraco, anda me rondando .Espero tê-lo aqui por mais tempo e mais perto.



Seja bem-vinda, primavera :).

domingo, 20 de setembro de 2009

Alone

Me senti sozinha hoje, sozinha de amigos.
Tenho alguns melhores amigos, e são, realmente, os melhores, mas todos estão tão ocupados com estudo/trabalho/namoro.

Claro, nós crescemos, nossas prioridades viram outras, cada um segue sua vida e a amizade continua. Só que senti falta daquela amizade adolescente de antes, de ligar pra eles por qualquer motivo, saber minuciosamente tudo da vida deles e vice-versa.

Hoje não sei de todas as briguinhas que certa amiga tem com o namorado, demoro mais de uma semana pra saber que uma outra está trabalhando.

É que hoje foi despedida de um amigo nosso que vai pro Rio Grande do Norte (assunto pra outro post),e ,apesar do clima triste de despedida, foi tão gostoso passar a tarde toda com eles, comendo, bebendo, rindo, conversando, trocando confidências, fofocando, que quando cheguei em casa, me deu nostalgia.

Lembrei de quando ficava triste, fosse por motivo bobo ou não, e corria pra um deles pelo menos, e hoje, prefiro ficar sozinha, escrevo. Talvez muros tenham se criado e eu não consigo, por isso, pedir colo como antes.

Sei que ter amigos é mais que necessário, e eu amo os meus, amo de verdade.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

autoestima

Quem tem a autoestima - agora tudo junto, né?- alta, se sente muito melhor, mais confiante, mais feliz, maaas não é todo mundo que consegue mantê-la assim.

A minha sempre oscilou. Nunca me achei a gostosona do pedaço, até pq eu não sou, e espelho está aí pra isso, obrigada.

Na adolescência, minha autoestima estava quase sempre,no nível médio, digamos assim. Eu não me achava feia, mas era mais magra do que sou agora, e não tinha chapinha ainda, mas perto das minhas amigas bonitas, eu sabia que não podia ser tão notada, mas não me encanava muito com isso, só que, claro, às vezes, eu me incomodava.

Depois, e até hoje, eu vivo em conflito com isso .Queria me sentir bonita mesmo que ninguém ache, mas fazer oq, se nós nos achamos bonitas só se nos acharem também, não é?

O bom é que, apesar de, sim, ter estereótipo de beleza, ela continua sendo muitas vezes uma coisa pessoal. Nem sempre eu acho bonito quem todo mundo acha e vice-versa.

Já tive épocas de sair de casa com a certeza que ia 'causar', que podia conseguir qualquer cara que quisesse,  e,também, já saí com medo de olhar os homens, e eles pensarem: "Pq essa garota horrorosa está me olhando?"

Hoje em dia, ou melhor, no momento, eu estou bem resolvida com isso, de bem com o espelho.

Minha autoestima sempre foi boa em relação ao meu interior ao menos. Sim, gente, eu sou legalzinha :D, e até divertida pessoalmente. Sempre tive muita gente ao meu redor, pessoas que gostavam/gostam de mim.
Sou boa companhia, boa amiga, inteligente - modesta?

O problema todo é que nos preocupamos muito com o que acham da gente, e isso mexe com o 'nosso mundo' mais do que deveria.
Pode parecer muito 'by O Segredo', mas é verdade que quando estamos confiantes, atraímos mais olhares.(mas, claro, que se você não tiver os dois dentes da frente e estiver confiante, mesmo assim, os olhares não vão ser tantos, né?)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O lado bom

Reclamo,quase todo dia,de não estar trabalhando,não ter o meu dinheiro,mas,como tudo na vida,tem seu lado negativo e positivo.

Hoje eu desfrutei do positivo.
Acordei às 06:20 para ir ao curso.Levantei,tomei banho,e estava colocando as lentes,quando comecei a escutar barulho de chuva.Abri a porta que dá para o terraço e vi um céu cinza com muita água saindo dele.

Voltei para o quarto,tirei a toalha,coloquei a camisola,tirei as lentes,coloquei o celular para despertar às 09:30,e voltei a dormir.

Celular despertou,desliguei,acordei 12:00 :D.

domingo, 13 de setembro de 2009

E o fim é belo incerto,depende de como você vê ♪ [2]

Terminei com ele.
Foi rápido e estranho.Ele só soltou um 'ai' ,assim que eu disse,mas nem perguntou o pq,só ficou calado,me olhando.

Achei que fosse puxar o assunto com mais tranquilidade,mas me peguei conversando sobre coisas banais,com meu cérebro me forçando a falar tudo de uma vez.

A expressão de espanto foi nítida nos olhos dele.Deu pra ver a mente trabalhando para entender o término,já que tudo estava indo tão bem.
Mas mesmo assim,nem uma pergunta,nem um questionamento.

Perguntou se era pra ir embora,e eu respondi que fizesse o que fosse melhor para ele.Então me olhou por mais um tempo,em silêncio,segurando a minha mão,me deu um abraço e foi embora.

Eu não disse 1/3 das coisas que me programei e queria dizer.
Não pude falar o quanto gostava dele,e o achava especial,merecedor de ser amado,e todas essas coisas clichês,mas que são a pura verdade pra mim,nesse momento.

Queria poder explicar que a culpa foi da estrela,que pegou de volta,o brilho que havia me emprestado.

Estou cansada de ser 'a pessoa que sempre termina'.E não é que eu esteja dizendo que prefiro que terminem comigo,só que não queria mais passar por essas situações.
Mas eu estou bem.Foi melhor assim,eu sei que foi.
Vai ser mais uma lembrança boa na minha vida.

domingo, 6 de setembro de 2009

Achei um 3x4 teu e não quis acreditar,

que tinha sido há tanto tempo atrás

Escutei essa musica do Legião Urbana – Vamos fazer um filme - e lembrei, exatamente, daquele dia em que vi sua foto na minha carteira.

Deve ter quase dois anos, e já havia quase isso naquele tempo que estávamos separados. E, por isso mesmo, o meu espanto foi grande ao ver a foto. Sabe, eu ri. Talvez da saudade, talvez da sua carinha de 11 anos.

Tão lindo naquele retrato 3x4 que eu 'roubei' de uma amiga que me mostrou.
Só havia conhecido, até então, seu rosto de rapaz de 17, e achei tanta graça no rostinho de criança.

Coloquei na minha carteira, mas com o passar do tempo, é claro, eu esqueci completamente.
Nem na hora consegui reconhecer a sensação que me deu, mas foi boa. Eu realmente não me lembrava.

Já estava namorando outro, apaixonada, e você não fazia mais parte dos meus pensamentos antes de dormir, mas naquele dia recordei tudo, e ,provavelmente, porque já não lembro mais, devo ter adormecido pensando em você naquela noite.

Meu primeiro namorado! Lembro que eu me intrigava com o tanto de sentimento que você tinha por mim, eu ficava confusa e você bem sabe.
Tinha 15 anos e muitas vontades ainda.

Certo é que nunca te amei de verdade, não do amor homem-mulher. Não do jeito que você merecia e eu queria. Mas amei do meu jeito.
Éramos tão inocentes, né?
Sabia que ainda tenho a carta que você me deu? Tem tanto sentimento e tanto erro de português.

As brigas fazem parte do pedaço que eu mal lembro. Naquele tempo parecia que era só isso que eu iria lembrar pro resto da minha vida, mas a gente se engana, e que bom que sim.
Envergonho-me – e muito - quando penso no quanto fui má nessa tal época das brigas.
Na raiva que eu deixava passar mesmo vendo você chorando. E, sabe, por motivos tão tolos .Como damos importância pra coisas banais e depois não entendemos o por quê.

Foi bom termos tido aquela conversa, tempos depois, até mesmo do episódio da foto. Bom poder te falar que tudo havia passado, que não existia mais mágoa, porque mesmo depois de tanto tempo, acho que era isso que você pensava, pelo 'oitchau' que me dava sempre de longe quando o acaso nos esbarrava.

E bom também termos ficado. E lindo quando depois do primeiro beijo, você pediu para eu te beliscar só pra saber se não era um sonho.
Fiquei intrigada com sua confissão de jamais ter amado outra mulher como me amou, e de ainda ter todas aquelas besteirinhas que eu o fazia guardar, deixando você todo bobo por nada.

Podia ter te contado naquele momento sobre a foto 3x4, mas não o fiz. Não sei se por vontade ou, simplesmente, por não ter me ocorrido. Acho que fico com a segunda hipótese.

Sempre te achei um menino muito especial, diferente.
Não sei se você ainda é assim, mas espero que seja, mais por você mesmo, pois essências bonitas devem ser cultivadas.

Hoje, te vejo de longe, leio nicks seus no msn com referência à curtição e muita mulher, e não o reconheço, mas, talvez, seja só pra manter as aparências. Quem sabe.
Fato é que aquele menino de 17 anos vai sempre fazer parte da minha história.

Desculpe prolongar tanto a escrita, mas com a música, muitos sentimentos, e, com esses, muitas palavras.

Um segredo? Ainda tenho a foto 3x4 na carteira.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Posso correr?

É que, de repente, comecei a pensar em tanta coisa e com tanta velocidade, que fiquei até assustada. Sério. Do nada.
E sabe o que é pior? Nem saber no que está pensando. A velocidade foi tanta que me atropelei, e tive que vir aqui escrever.

São esses sentimentos que eu não entendo e ponto. Tá que não está acontecendo nada de tão legal na minha vida, mas também não tem nada de tão errado, então pq essa vontade de correr, seguida de vontade de chorar? - TPM, oi?

Queria uma estrada reta e deserta. Correr, sentir o vento no rosto. Caminhar, beber água e voltar a correr.
Tô precisando esvaziar alguma coisa.

Daí que me sinto uma mulherzinha fresca que fica triste sem motivo.
E, sabe, é que eu me acho tão forte, pq, sim, eu sou,n a maioria das vezes, mas de repente desabo.
Parece que não tem espaço dentro de mim pra mim quando eu fico assim.

Chego a ficar sem saber o que escrever, sendo que tem muito a ser escrito.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E o fim é belo incerto,depende de como você vê ♪

Estou pensando em terminar com ele.
Ficamos há tempo, e nosso relacionamento é mesmo igual um namoro.
Nunca fui apaixonada, mas tinha aquele 'brilho' especial, que julgo agora, não ter.

Não sei se foi a lerdeza dele, falta de atitude, minha inconstância ou tudo isso junto, mas algo aconteceu.
Não tenho mais saudade, aquela vontade de falar com ele ,e até quando estamos juntos, fico diferente.
Nem faz falta beijar ou não.

Ele é um fofo, uma pessoa muito querida, de coração enorme, uma lealdade que está faltando por aí. Passei ótimos momentos com ele e fico feliz quando penso nisso.

Tenho medo de fazer e depois me arrepender. Minha certeza estava maior assim que ele saiu daqui ontem.
Posso ser egoísta e confessar que essa incerteza veio porque não estou muito afim de ficar sozinha? É que ele tem sido meu porto seguro, sei que está sempre aqui, que gosta de mim, e isso me conforta. Mas não basta só isso, eu sei :~.

Estou precisando de conselhos, mas não do tipo faça o que eu digo, não faça o que eu faço.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Amiiigos ^^

Sabe aquela amiga de escola que tem a maior 'lista'? Que avança em tudo mais rápido em relação ao sexo oposto?
Assim era Marieta -nome fantasia sim.
Falava com gosto de homem, reparava todos a sua volta, tinha sempre um comentário.

Se apaixonou, começou a namorar, mas não conseguia se contentar com só um, por isso inúmeras traições.
Até que amadureceu, viu que não valia a pena continuar enganandoo futuro pai dos seus filhos como ela dizia, e virou fiel, achando que assim o seu namoro conturbado iria ter um felizparasempre.

O namoro durou três anos.
Ele, simplesmente, um dia disse que não queria mais. Pouco tempo depois, estava namorando outra.
Não é preciso dizer o quanto Marieta sofreu com essa história toda, né?

Maaas, isso tudo só para poder contar o que aconteceu outro dia.
Estava em um bar com essa amiga e mais uns amigos nossos, quando o tal ex-namorado passa por lá.
Marieta, já um pouco alcoolizada, começa a chorar por ele, e mais ainda por estar chorando por ele e, ainda mais, por estar magoando uma outra pessoa.

Estava eu ,consolando-a, quando ela me diz que tem três meses que está namorando – a outra pessoa aí.
Eu achei estranho, já que eu saberia, afinal.Três meses, né? Não três dias. Mas a lâmpada acendeu na minha cabeça. Isso em questão de segundos, enquanto ela se preparava pra contar o resto.
E foi aí que comentou da menina loira que estava andando direto com ela.
Sim, minha lâmpada estava certa Oo'.

Não pude negar o meu espanto. Pq, geente, logo Marieta?
Já tinha passado por esse tipo de conversa duas vezes antes com amigos, e sem susto, mas Marieta?
Conversamos muito, eu dei todo o meu apoio, é claro.

Ela me disse que, realmente nada disso existia antes nela, que nunca tinha sentido atração por mulheres. Que a curiosidade a motivou, e depois, acabou se apaixonando mesmo por uma.

Ela diz que não, mas eu disse que achava que isso era carência+companhia. Já que ela, nos últimos tempos, começou a andar só com gays.

Precisava escrever aqui, pq claro, não posso contar a ninguém – não que isso não seja contar, né? :$-,e ainda é um pouco estranho pra mim. Logo Marieta? – tá, parei com isso.
Estranho entrar com ela em uma boate – alguém ainda diz boate?- e ela vir comentar comigo que a recepcionista é uma gata haha.
Amo Marieta!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Quantos grandes amores?

Outro dia vi um episódio de Sex and the City, em que Charlotte, Kristin Davis, dizia ter
lido em uma revista que cada um só pode ter dois grandes amores na vida.
E eu fiquei pensando nisso.

Eu não sou do tipo que acredita que amor é eterno, se acabou, não foi amor.
Acredito, sim, que amor pode acabar. Agora, já quanto a quantidade de amor que cada um tem direito, eu não sei. Acho que podemos amar até acharmos a pessoa que ficará conosco para sempre :), ou não.

Também não acredito em amor à primeira vista, acho que é algo que tem que ser
construído, não é como atração, tesão.
E, por isso mesmo, fico incrédula com a facilidade que as pessoas tem de sair por aí,
dizendo 'eu te amo' - que fique claro que não é 'bom dia' ¬¬.

Acho que eu só tive um grande amor por enquanto - ainda, então, posso ter mais um haha. Já gostei mais vezes, mas amor mesmo,  acho - e só acho,pq meus sentimentos são confusos até mesmo para mim - que só um.
E espero, sim, ter direito a mais :D.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pensar mais em mim

Ah, sei lá, já arrumei a casa, só quero tomar banho, ficar de bobeira na internet, ver tv, ler, dormir.
Só que tinha combinado antes com ele, de ele vir aqui, e esqueci totaaalmente. Quando veio falar que ia tomar banho e vir, eu levei até um susto. Perguntei se não podia ser no dia seguinte, ele disse que não, e ficou pedindo pra vir. Expliquei que estava cansada, mas sabia que ele ía ficar bolado - e, ok, eu também ficaria se fosse ao contrário.
Fiquei cheia de dedos, mas minha vontade foi feita.

Mas, sabe, é que é muito difícil fazer só oq queremos, pensamos sempre nos outros, e não que esteja errado, mas me diz se eu tinha que dizer 'sim', se, na verdade, não queria? Passar horas com ele sem vontade.
Pode parecer egoísmo, só que, às vezes, temos que pensar mais na gente.
É que, geralmente, eu não sou assim. Tenho medo de magoar, de dizer 'nãoetchau'.
E é chato ter que inventar desculpas, eu poderia, por exemplo, ter tido a ele que tinha uma coisa importante, de última hora pra fazer, mas preferi ser sincera - geralmente eu prefiro - e tive que ler o 'ok' frio dele, no msn, e ficar sem saber oq escrever, com uma vontade de falar algo pra amenizar, sei lá. Não vinha nada, deixei pra lá.
Foi ele que voltou a puxar conversa, e tudo se resolveu, marcamos pra domingo.

Posso confessar que, às vezes, me sinto de saco jeito dele? Não estava ousando nem a confessar a mim msm, mas aliviou =).

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Bailarina

O mundo gira em torno da bailaria, enquanto ela rodopia e prende nela todos os sentimentos, os meus sentimentos.
Faz pliê e outros passos que nem ouso a saber o nome. Fica na ponto do pé.

Não parece ter plateia, não parece ver você, não parece saber que dorme com jóias ao lado.
Levanta os braços bem alto, parecendo ir buscar a lua, e busca.
E fica mais iluminada, reflete seu rosto sereno e compenetrado de quem está falando de amor.

Parece cantar de boca fechada. Como ela faz isso! Queria eu, poder ser bailarina.
Equilibrar meus pensamentos, ser dona do meu coração, ser dona do mundo, ser dona de mim.
Assim, por duas horas, me bastaria, bailarina.
Me empresta sua roupa branca de anjo-bailarina, bailarina. Pra eu poder me tacar no ar, sem pensar em cair, pra ter sua coragem e não ter medo de quebrar a perna.

Me deixa falar com o olhar, ser tocada e poder dançar. Me deixa ser bailarina.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As mãos balançando

Como ele queria segurar a mão dela, que falava alegremente, supostamente contando mais uma de suas histórias, mas ele não podia ouvir, não dessa vez. Ouvia seu coração, pulsava tão forte. Teve medo que ela pudesse ouvir também. A olhou, ela nem parecia notar que ele estava ali, parecia falar com os pássaros.

Direcionou, novamente, os olhos para as mãos dela. Delicadas, unha rosa, de um rosa vibrante, que combinava com ela, com seu jeito, com sua pele dourada de sol, e cabelos enrolados e claros.
Surpreendeu-se com um sorriso dela em sua direção, olhos nos olhos. Ela não fazia isso, não falava o olhando. Sentiu-se tremer. Aquele sorriso! Já o tinha visto tantas vezes, mas não podia se acostumar.
Se perguntava onde aquilo teria começado, onde tinha deixado de ser sua amiga pra se tornar seu amor.

Ela tornou a olhar em volta, ainda com a voz que parecia soltar no ar.
Segurou a mão dela. Ela apertou a dele. Ainda falava. E ele, agora, estava calmo.
Tudo estava bem.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Depois de você,os outros são os outros e só ♪

Frase linda de uma música linda. Mas assim, eu acho um puta exagero, pq, sabe, as pessoas tem tendência a achar sempre que o 'atual' é oq mais se amou. Parece que esquecem oq sentiram no passado, o quanto foi forte. E não é que eu esteja falando pra ficar lembrando, mas eu acho que amor não se compara, cada caso é um caso. Não tem isso de 'euteamomaisdoquejáameiqualquernamorado'.
Eu tenho uma amiga que costumava trocar de amor como se troca de roupa, como se diz, e toda vez que surgia um amor novo, ela me dizia: "Esse eu amo de verdade, o outro eu só gostei um pouco". Mudava de novo, e lá vinha a frase. Eu questionava, dizia que ela sempre falava a mesma coisa, e ela me respondia: "Mas agora é sério mesmo". Quantas vezes foi "sério" nem se pode contar.
Ótimo isso de só viver o momento, mas se o foco é no presente pra que comparações?
É claro que quando estamos namorando, gostamos de achar que somos mais amadas que as exs foram, mas, se um dia entrarmos nesse grupo, outra virá e será mais amadas do que nós fomos, consequentemente, não é?
Se as pessoas são diferentes, o amor também. Ele é o mesmo, na verdade, mas de várias formas, ué.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia ♪

Adoro foto, olhar e tentar lembrar as emoções da hora.
Gosto de foto com os amigos, fotos tiradas ao acaso - que na hora eu fico puta,
pq sempre saem feias. Ver foto com pessoas que há tempos não vejo, foto com ex-namorado pra lembrar o quão felizes estávamos naquele momento.
Até foto sozinha.
Outro dia, procurando um cd de música, acabei colocando um de foto no pc .E, nossa, quanta foto feia minha, fotos que eu adorava e agora me pergunto como Oo’. Fotos da época da escola, aquelas bobas, sabe, embaixo da escada, cada um olhando pra um canto etc.
E, exatamente, oq ficam nas fotos, são os laços invisíveis, um momento congelado, dividido.
Tava pensando que quase não tiro mais foto, desde que parei de usar orkut hihi xD, e tb, com a tecnologia minhas fotos vivem espalhadas em cds por aí. Muito mais legal tê-las em mãos ^^.
Parece que é um pedaço de vc, da sua história que se pode ver. Dá saudade, traz lembrança, alegria e até tristeza.
Acho que vou colocar as pilhas pra carregar ;D.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

E ele me liga

E me ligou ontem, e estava tão divertido, tão engraçado, rimos tanto.
Só ele tem aquele jeito sem jeito pra falar de amor de quem ainda
está aprendendo. Eu sempre achei isso tão bonitinho nele. Ria quando ele
tentava expressar oq sentia por mim, e como soava verdadeiro.
Mas acabou, e assim, sem mágoa. E por mim, hoje tudo bem, mas, ainda assim,
ele me liga e fala de saudade. Às vezes, fica um tempo sem ligar, lutando consigo mesmo, eu sei.Mas acaba perdendo a luta, e me liga.
Disse que eu podia voltar a amá-lo. Como ele fala engraçado!
Parece um homem preso em um menino. Sei que fui a primeira namorada dele, o primeiro amor e que está sendo difícil pra ele.
Foram só uns meses, mas marcantes para os dois. Só que eu soube lidar melhor com isso, e agora são só lembranças boas. Também são só meses de término, oq se podia esperar?
Ele quer me ver, sempre pede, e eu fico oscilando, ora quero ora não quero, mas é um conflito interior. Pra ele, eu falo que não, que vai ser melhor assim,e ele não aceita.
Tenho vontade de vê-lo, aquele abraço que ele tanto me cobra. Mas eu estou tão bem assim, estando longe. E no mais, acho que é melhor pra ele também.
E se ele acabar criando esperanças?E se acabarmos ficando?
Só que, às vezes, acho que eu penso demais.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Do blog

Não que eu tenha que explicar o pq de ter feito um blog, mas eu quero :)
Já tem um tempo que venho lendo uns blogs por aí, e acabei me tornando
leitora assídua de alguns, mas assim, sem deixar rastro.
A ideia de fazer um pra mim veio entrando pouco a pouco, mas
eu sempre deixava pra lá, achava que ia postar uma vez e deixar o
blog de lado .É que eu sou assim, saio deixando as coisas pelo caminho.
Mas enfim resolvi fazer, e se eu deixar ou não, oq tem demais? Ele é meu.
É o primeiro que eu faço, isso desconsiderando um que tive aos 12 anos,
quando começou a virar modinha, logo logo larguei ele por aí, e nem
sei oq foi feito, pq tempos depois, procurei e não encontrei.
Nem lembro direito oq escrevia nele, oq eu podia falar com 12 anos?
Já nem sei, mas seria interessante saber, pra rir, ver a mudança.
Eu gosto de escrever, desabafar ,comentar qualquer coisa que dê na cabeça.
Tenho até um diário. Sim, eu tenho 20 anos e um diário, .Agora tenho um blog tb, e só meu, sem nenhum amigo/familiar/conhecido saber da existência, pra eu poder falar oq eu quiser, me sentir mais livre, não usar máscara e nem ter que usar meias palavras.
Já até me sinto íntima daqui :D.

domingo, 2 de agosto de 2009

Do sorriso e da vergonha que ele tem de mim

Me diverti muito sábado. Balada com os amigos, cerveja gelada, samba, conversa, sorrisos.
Tudo bem que eu acabei a noite estressadapq, de repente, quando eu volto
do banheiro vejo o pessoal indo embora. A maioria dos meus amigos já tinham ido, mas eu resolvi ficar pra curtir mais, então fiquei mais com um pessoal que tb foi com a gente, amigos da amiga de uma amiga (ficou
confuso isso ¬¬), e eles resolveram, sozinhos, que ao invés de ficarem até o fim da festa lá, era melhor ir pra frente de outra festa, ficar na calçada. hã? onde isso tem lógica? Eu já tava puta de estar saindo do lugar, e
fiquei mais ainda quando soube o destino final ;~. A sorte é que esse tal outro lugar que fomos, era bem perto da minha casa, então marquei um dez com uma cara azeda toda vida, e fui embora.
Agora, já tendo contado o caso do sorriso, vou ao caso da vergonha dele.
Tem um tempo já que ficamos, uns meses, e mesmo ele sendo simpático, divertido, carinhoso e atencioso, ele é lerdo e envergonhado, ao menos comigo, pq com os amigos dele, e mesmo com os meus, que ele conhece há pouco tempo, ele se solta.
Sempre que saímos em grupo, ele demora a ficar a vontade comigo e eu não entendo isso.
Ontem, na balada citada aqui, ele estava todo animado, dançando muito.
Dançava com meus amigos o tempo todo. E comigo? Comigo não, pra quê, ?
Depois que veio se chegando, aos poucos, e já quase no final que começamos a dançar juntos. E vc pode perguntar o pq, já que ele não chega logo, de eu não ir até ele, mas sabe? Sei lá tb.
Ele gosta de mim, gostou rápido. Eu sempre soube, pq temos uma amiga em comum. Através dela, inclusive, que calhou de nos conhecermos. Ela que me contou, falou de algumas confissões dele ao meu respeito. Por ele mesmo, eu só soube outro dia, e por msn. Ele me confessou que acha chato não sabermos
direito oq temos (achei ótimopq isso tb me incomoda, nunca conversamos a respeito 'de nós'), que gosta muito de mim, mas não sabe como me dizer pessoalmente, que trava. Eu poderia achar fofo. Lendo, vc pode achar, mas sabe? Tem que ter paciência com gente assim. E vc acha que, depois dessa conversa, ele citou alguma coisa pessoalmente? Não, não falou nada. E, com isso, meu saco está enchendo.
Mas isso não quer dizer que ele é uma pedra perto de mim, pq não é, ele 'trava' comigo pra esses assuntos, mas quando estamos juntos, ele é natural, somos fofos, rimos horrores juntos.
Sei que essa situação me deixa confusa, e eu também nem sei oq eu sinto por ele. É fato que gosto de estar com ele e tudo mais, até pq se ainda estou com ele, ? Mas não sei se passa disso, e não me deixo passar por não conseguir ver futuro.
Enfim, eu to segurando o botão do deixarolar, se meu dedo cansar, eu solto ;D.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Âcora

Sabe âncora? Então, tem uma presa em mim. Sério, pq eu não saio do lugar, não saio e ponto. Não estou trabalhando nem estudando. Nada é oq eu estou fazendo.
Queria fazer faculdade, mas meus pais não tem condição financeira para uma particular, e me falta um puta ânimo para estudar pra passar em uma pública.
Queria trabalhar, mas não tiro a bunda do sofá pra procurar emprego - aliás, como se procura emprego? -
Parece que o tempo está passando e me deixando pra trás.
Como se diz, nada cai do céu, mas que podia, podia, ? Só falar não adianta, eu sei, mas, pelo menos, eu desabafo assim xD