domingo, 15 de agosto de 2010

Vamos fazer um filme

Você finge que me ama e eu finjo que estou feliz.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

E no fim

Enquanto eu decidia o que fazer, você resolveu decidir.
E, embora eu esteja triste, acho que foi o melhor. Não sei se eu teria coragem de colocar um fim, mesmo sabendo que teria mesmo que acabar.

Eu entendo seu coração ocupado, sempre soube. O que eu não entendo é esse sentimento, ainda pequeno, mas estranho por você.
É que foi tudo tão rápido, e eu nem sou assim... nem estou me reconhecendo.

Dá medo, eu tô chorosa, cansada, mas sei que logo passa.
Mas dói pensar nos momentos muuuito bons, e no quanto você parecia ser feito pra mim.
Vai ficar a lembrança boa, eu sei.

Só que, por agora, só quero esquecer, apagar esse incômodo, voltar ao normal, porque o mundo não para.
Nem sei muito, nem entendo muita coisa, só sei que está tudo estranho em mim.

Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo ♪

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Menino lindo,

eu quero morar na sua rua ♪

Demorei muito a dormir, ontem, pensando em tudo que nem quero sentir.
Em como é estranho tudo isso, porque, não, eu não gosto fácil, pelo contrário.
Eu não sou de grandes paixões, grandes amores.

Mas de repente você chega, sorri, e eu começo a sentir essa coisa que nem sei o que é.
E é estranho.. eu sinto, sabe, sinto que também vem algo de você, sinto no seu abraço, no seu beijo, na sua pele, mas eu sei que é pouco provável. Eu sei, embora você não fale, e eu não queira escutar agora, da sua ferida recente, aberta, e eu não quero tapar buraco algum. Gosto de ter meu próprio lugar.

É que eu não sei o que fazer. Eu posso fugir, sair correndo e não olhar pra trás; Posso ficar mais um tempo, analisar mais; Posso só deixar rolar, pagar o que for no final.
A primeira opção é bem mais a minha cara, mas pensar em não olhar pra trás me dói.
Acho que fico com a segunda, por enquanto. Mas não sem inquietação, não sem medo.

Esse ano não é ano pra enlouquecer, tenho que me manter centrada, tenho que continuar indo atrás do que planejei.
Eu tô sufocada, e, sabe, eu nunca vou te falar nada disso.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não me conto

Eu já me cobrei, algumas vezes, um pouco mais de sinceridade no diário – aham, eu tenho diário. aham, eu já me cobrei sinceridade.
Até já me cobrei escrever certas coisas aqui no blog.

Eu sei que tem coisas que não contamos nem a nós mesmos, mas só há bem pouco tempo, comecei a respeitar meu silêncio. Só agora aceito quando, simplesmente, não quero me contar algo, não quero parar, pensar, analisar, deixar doer, se for o caso.

E nem é fugir, fingir que não existe, é só não querer e ponto. Eu não preciso me obrigar a sentir tudo.
Estou devendo a mim mesma uma conversa longa, sentar, ouvir minha própria voz, me cutucar, tirar umas coisas lá do fundo, mas não é pra agora. Eu não quero.
E tudo bem que não queira, eu não tenho pressa, aprendi a respeitar meu tempo. E quando for, que seja com vontade, que faça bem.

Estou em silêncio comigo mesma pra certas coisas e é bom aceitar isso.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

mãos de hoje

E ela se entregou. Mesmo ainda sendo visíveis os cortes de outrora, mesmo com medo.
Ela sabia que iria formar novas cicatrizes, que teria outras lágrimas. Mas estava cansada da vida de vento formando palavras não ditas, de labirintos feito de sentimentos que começavam na nuca.

Dormir sem dizer boa noite já estava lhe sufocando. Seus passos não eram ouvidos.
E por mais agoniado que fosse, agora era sorriso.
Era declaração barata de um futuro inexistente.
Era promessa que não seria cumprida.

Também era carinho nos pés e cheiro de nuvem.
Ela sentada, contava a si mesma, memórias de um passado quase apagado – quase.
Não podia esquecer, não queria correr o risco de acreditar outra vez.
Não queria mais a fé.

E assim, sem querer mais que isso, foi andar de mãos dadas.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Amor de fios brancos

Hoje meus avós completam 60 anos de casamento.
E eu me orgulho de ouvir, de ambos, que fariam tudo novamente, que se casariam de novo.

Cresci ouvindo meu avô dizer, ao ouvido da minha avó, que a amava, e sigo ouvindo até hoje.
Os dois têm uma preocupação um com o outro invejável.

Minha avó sempre foi o equilíbrio, a calma. Sempre fez tudo e nunca reclamou de nada.
Meu avô, sempre fortaleza, quem segurava o braço, quando minha avó despencava.
Passaram por muitas alegrias. Tiveram filhos, têm netos e bisnetos, além de muitas pessoas queridas por perto.
Passaram por tristezas também. Perderem um filho e isso é dor que nunca cura.
Ainda choram ao falar dele.

No sofá, estão sempre de mãos dadas e minha avó espera a hora do remédio do meu avô pra irem dormir juntos, mesmo que esteja com muito sono.
Ela se desespera quando ele tem algum problema de saúde.

O coração dos dois não tem tamanho, tem sempre espaço pra mais um.
Histórias juntos, eles têm muitas. Seus fios brancos têm muito o que contar.
E eu me pego pensando, sempre admirada, em como o amor pode durar. Como pode se tornar algo tão sólido e tão amigo.

Compreensão pra passar por cima dos problemas, canção pra levar a vida, sorriso pra espantar a dor... é a sabedoria de quem sabe amar.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eu tenho medo do escuro

Daí que eu tenho medo de andar sozinha. Aham. Sempre tive medo, mas ultimamente anda maior.
Eu sempre tive meus pais me levando pra tudo quanto é lugar e ,quando não eles, uma companhia qualquer.

E, por conta da minha lerdeza, não presto atenção em nada, nunca olho por onde estou andando se tiver alguém do meu lado.
Daí que algumas vezes já me perdi. E pra completar, ano passado fui assaltada... estando sozinha na rua. E pronto, agora sou medrosa.

Fico nervosa quando sou obrigada a sair sozinha pra um lugar que não conheça, mas como isso quase nunca acontece, eu não ligo.
Mas uma amiga minha me ligou, ainda pouco, me chamando pra ir à casa dela que é beeem longe da minha, e eu queria realmente ir, maaaas estou até com frio na barriga só de pensar. Sério, frio na barriga, por isso vim aqui escrever.. ver se passa um pouco. Porque eu tenho consciência suficiente pra saber que, claro, não posso passar a vida inteira dependendo dos outros, que tenho que saber me virar. Mas sabe coisa que a gente não controla? Então.

Não é sem vergonha que estou escrevendo isso aqui, mas quer saber, é pra mim, e foi justo pra isso que fiz um blog beeem longe do meu mundo real.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Real

Me faz ser de verdade, ser inteira.
Cansei da felicidade de plástico.
Sorriso de boneca, redoma de vidro já não me fazem mais.
Eu quero sangrar, sentir brisa fresca no rosto.
Me encolher de medo, e não poder conter as lágrimas.
Quero o frio, o corpo arrepiado.

Sede insaciável, vontade de pular da ponte.
Desejo, vontade incontrolável.
Quero mesmo é sofrer, me descabelar, conhecer a dor por inteira.

E, se for pra ser feliz, que seja real.
Que o suspiro venha da alma, venha rasgando.
Que eu possa delirar, e ainda assim, escrever meus delírios.

Quero banho de chuva no corpo nu, em pleno outono.
Cheiro de tinta, e poder sentir o sol.
Quero ser tudo que pode quebrar
E sempre estar inteira.
Cansei de ser anjo.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

dentro

Ela oscila entre o preto-e-branco e o colorido. E não sabe de muita coisa ainda.
Mas, esses dias, olhando pela fresta da janela viu um sol fraco na árvore, no prédio, e se encheu de amarelo.

A energia está aqui, a força, a vontade, os sentidos, o sentir.
Não foi de fora pra dentro. Foi de dentro pra fora. No exterior anda tudo igual, no mesmo vazio, falta. Mas conseguir um quente pra alma faz sorrir, cantar.

Esse todo dia, esse empenho anda fazendo bem a ela, e que bom que seja assim.
Começar a acreditar é bom.

E se pudesse colocar estrelas em um pote...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

meio vazio

E de vez em quando, o buraco do fundo do poço da alma apita, quer palavras, reviravolta, desejo, vento soprando saudade – mas de algo de verdade.

Nessas horas eu interpreto o copo como meio vazio.
Eu sei do tanto de coisa que há do outro lado, mas o meu anda sem nada.

E tudo é motivo pra encher os olhos de lágrimas.
Ouvir o eco faz mal, e esse vento desfeito me entope de coisas que quero sentir e viver.

É que estou muito e estou com pouco. Uma sede e um coração vazio.
Um nó feito por falta, feito pelo querer. Grito preso que não sabe o que dizer.

Está tudo apertado aqui dentro, mesmo cheio de espaço vazio.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Mais eu

"Aprende-se a calar a dor
A tremura, o rubor
O que sobra de paixão
Aprende-se a conter o gesto
A raiva, o protesto
E há um dia em que a alma
Nos rebenta nas mãos"
(Lado (a lado) - Mafalda Veiga)


Essa música veio a mim como aperto no estômago. Os olhos até marejaram. Senti vontade de sair correndo, de desentalar tanta coisa.

A vida vai passando, e vamos aprendendo a nos conter, a demonstrar sorrisos, mesmo que não sejam sinceros.

Aprendemos a ser educados, a não gritar, não demonstrar tanta raiva. Não podemos chorar em público. Não podemos subir na cadeira.

E tanta coisa vai sendo guardada, acumulada dentro de nós. Não podemos 'separar' as coisas, somos um só, afinal. Podemos, sim, espernear, reclamar, nos arrepender.. antes que a alma rebente nas mãos.

Eu tenho tanta coisa dentro de mim. Tantos sorrisos prontos e tantas respostas feitas. Tenho a feição certa de quem está feliz, mesmo que eu não esteja, mesmo que doa tudo por dentro.
O muito que eu grito, às vezes é o muito que eu não digo.

E eu andava assim, encostada ao mundo, esperando de olhar vazio.
Meus dias estavam iguais e eu aprendi a não querer mais do que o que resta.
Mas não é só isso que eu quero. Descobri que quero mais, que posso mais, e que não preciso esperar, que posso ir atrás.

Ganhei tristeza e gás. Um aperto com sinal de lição.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Início da caminhada

E entre o sim e o não há tanta coisa, que me assusta. Só que o não, de qualquer jeito, eu já tenho, então vou em busca do sim.

Continuo com medo, dúvidas, insegurança, mas posso ter tudo isso e, mesmo assim, tentar, seguir.
O primeiro passo eu já dei, e sei que, apesar de ser o maior, é bem pequeno perto de tanta estrada.
Não sei o que vai ter no meio do caminho, e bem menos o que me aguarda no final.

Quero trilhar tudo, me esgotar, me orgulhar no final, conseguir.
Saber que valeu a pena.
Claro, pode ser que não seja assim, mas, sabe, prefiro nem pensar, só andar.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

estrada

Sou medrosa, confesso - e só confesso aqui. Tenho medo de tudo que não posso controlar, tenho medo de não alcançar os sonhos.
E, às vezes, por conta do medo, deixo até de tentar. É mais fácil não ter, do que perder. Não tentar, do que fracassar.

Muito bonito dizer que sempre vale a pena tentar, mas eu tenho medo. Medo de iniciar a caminhada, parar no meio do caminho, quase sem ar, prosseguir, e, no final, perder.
Mas o que eu ganho ficando parada?

Acho que é hora de tentar.. até já passou da hora, na verdade.
É que o tempo não tem piedade, não espera eu sentar e decidir o que fazer - enquanto tomo uma xícara de café.

Um ano é tanta coisa, que eu me apavoro só de pensar. E, penso também, na expectativa - minha e dos outros.
E lá vem ele, o medo.
Tô indecisa, mas, pela primeira vez, pesando mais pro lado de tentar, de andar.

Quero força, coragem e positividade.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alma perdida

É fácil chegar lá, na cidade das almas perdidas. Não tem placa de aviso pra não entrar, mas, assim que você chega, fica com a sensação que deveria ter, já que o caminho pra chegar lá é tão simples.

E você sente medo, e dor, e sente solidão, e sente desespero. Olha em volta e vê almas machucadas, mutiladas, agonizando. Sabe como chegou ali, mas não como sair.
Não é só fazer o caminho inverso, é bem mais difícil, e esse ninguém ensina.

Por algum tempo, luta consigo mesmo, pede socorro, pergunta como voltar pra casa. Depois, a lembrança de ter um corpo quentinho só pra si, vira uma saudade distante. Até se acostuma a viver entre as lágrimas e o peito apertado. E, talvez, seja até mais seguro.

Mas, ainda assim, sente que pode fazer mais, ser mais. E, as feridas começam a cicatrizar, a dor vai diminuindo com o passar dos dias, das horas. Você lembra quem é de verdade, e tudo que pode fazer. Sabe como voltar pra casa, é tão simples, afinal. E volta, e se sente meio feliz e muito mais forte do que já foi um dia. E deseja nunca mais seguir o caminho até à cidade das almas perdidas.

(até que algo venha e traga muita felicidade, e você, já esquecido da dor, se entregue, novamente. e fique muito feliz, ao ponto de, no final, fazer o caminho de volta à cidade das almas perdidas).

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

um dia a gente (não) aprende

Vendo minha mãe arrumar a cama e só pegar o lençol/travesseiro dela, fiquei pensando que, talvez, a gente nunca amadureça. Que a história de sermos eternas crianças, seja verdade.

Eu, às vezes, dou ataque por tão pouco, me desespero, falo besteira, ajo sem pensar, não consigo encarar certas situações. Sempre ponho culpa na imaturidade, mas há a esperança disso um dia passar, de, com o tempo, conseguir lidar melhor com um monte de coisas. mas será?

Humanos, claro, seremos sempre, e, por isso, os defeitos sempre estarão ao nosso lado pra nos lembrar que impossível mesmo é ser perfeito, maaas tô falando mesmo é de maturidade.

Talvez, daqui a uns anos, eu esteja casada e não pegue o lençol/travesseiro do meu marido, por estar brigada com ele. talvez.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

olhos castanhos

Mais uma esperança arrancada com mãos de dor. Menos um pedido pra fazer.
E, mesmo não sendo provável, eu acreditei, com meus olhos de menina, em mim mesma. na fé.
Eu poderia ser capaz, afinal.
Toda a história de continuar tentando, de não desistir, parece tão clichê.

Sei - com os olhos de menina - que um dia vai acontecer, que vai realizar, mas essa espera sem tentar me cansa, me dói.
Não tenho o tempo de antes, não posso deixar pra pensar depois.

Não, eu não sei como agir. Não diga que é fácil. Cansei dos conselhos sem solução.
Consigo, sim, sentir a raiz, só não sei como conseguir força.

Há ainda uma esperança, confesso. Mas é tão pequena, que é pior. E o erro da tela faz diminuir cada vez mais.
Não, não é menos um pedido pra fazer. Ainda não.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Da amizade

E, no fim, a noite falida de quem queria sair pra dançar e não pôde, foi beeem divertida.
Estar com vocês é sempre assim, e eu andava com muita saudade da nossa amizade.

Falar muita besteira, rir muito, dormir às seis da manhã, relembrar antigas histórias, fazer novas confidências.
E por mais que estejamos seguindo nossos caminhos, sempre vai haver paradas pra encontros.
Essas paradas pra felicidade é que nos dão força pra enfentrar a vida.
Sentir as lágrimas, e poder ter sorrisos pra lembrar.

E eu ando assim... vazia e cheia.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um pouco de sol, um pouco de mar, um pouco de amigos

E você vai à praia com os amigos, e se diverte, e ri muito, e você conversa sobre coisas sérias, e fofoca, e fala besteira, e você leva um caldo, e bebe muita água salgada, e fica vermelha, e com a boca arrebentada, e você pega uma chuva forte quase chegando em casa, e para o carro, e você corre pra casa de um amigo, e fica com medo dos cachorros, e molha o sofá dele, e volta cansada. e tudo parece tão feliz.


As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar ♪



sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sorriso de dor

Chamava a atenção de todos, enquanto se descabelava de rir, no meio da rua. Roupa de gente centrada, cara de maluca.
Parou, quando percebeu que ria da sua própria dor no peito, de não amar certo.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Vento

Não sentia mais o perfume dela, entrando escondido em seu quarto, pra dormir ao seu lado. Não sentia mais incômodo no estômago ao ouvir o nome dela.
Não estava presente em todos os seus sonhos.

Teve outros amores, trocou os CDs antigos por novos. Jogou fora a sua camisa, que era a preferida dela. Jogou, do sexto andar, as fotos. Deixou todas as lágrimas saírem – mesmo que homem não chore -, pra não ser incomodado mais tarde.

Se sentia livre, mesmo que, às vezes, um vento qualquer trouxesse um passeio de mãos dadas. um beijo roubado. um suspiro.
Já sabia agir nessas situações, era só pensar no trabalho, nos planos para o futuro.

E ele saía, e sorria, e brincava, e dançava, e lembrava dela, e pensava no trabalho.
Acreditava na sua felicidade, mesmo sabendo faltar 1/3. Ele podia viver assim, afinal. E era bem mais fácil que perdoar.

Correndo, perdeu um pouco do fôlego, e sentou em um banco do parque. Sentiu um arrepio. Antes que pudesse desviar os pensamentos, o vento trouxe um papel. Uma foto. O número que nunca esquecera, na ponta da língua.
- Sabrina?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Porto

Não é pra compensar. Não precisa ser extremo, não pode oscilar. Tem que ser, e tem que ser forte, mas precisa de controle, e de mãos, e de pele.

Tem que ser suave, parecer brisa fresca no rosto. Todo dia, tem que ter um pingo, ao menos, de poesia e cores novas. É pra conhecer coisas nunca vistas, e pra conhecer coisas velhas.

É pra cantar desafinando, com a voz grossa da manhã. Puxar pra perto, estar perto, estar dentro. Precisa-se de muitos sorrisos, e de lágrimas – poucas - também.

Pode fazer conta no dedo, se quiser. Ver a lua e admirá-la, é obrigação.
Tem que saber falar. E fazer castelo torto de areia. Se souber fazer biscoitos, vai ser bom.

Rabiscar o chão, soletrar sentimentos, contar um segredo, ser grande amigo, conhecer a alma, mas não toda. Dormir até tarde, fazer silêncio. Gritar.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Essas coisas

O que seria de nós sem a esperança?