quarta-feira, 21 de outubro de 2015

2015: O pior ano da minha vida

Demorei tanto pra escrever sobre a lindeza que foi 2014 que 2015 chegou levando tudo.

O ano chegou com promessas de ser bonito: teve a minha colação, meu baile de formatura, os preparativos para o casamento do meu irmão e a espera pelos parentes de outro país que viriam ao casamento.

Mas logo cedo me trouxe aquela, que é uma das piores dores, levando uma avó minha. De uma maneira rápida, inesperada e mais doída do que eu poderia explicar. Levou meu gato, o que posso dizer com firmeza, que doeu imensamente. 

A empresa que meu pai trabalha está quase falindo, e eu, recém-formada, terminei o estágio e não estou conseguindo arrumar emprego. O dinheiro está muito curto por aqui.

Em 2015 a irmã do meu namorado mostrou ser uma pessoa detestável. Meu namoro quase terminou, e ainda está carregando as marcas disso.

A sorte é que, apesar de você, 2015, minha família e meus amigos estão cada vez mais unidos. Porque sem isso, acho que esse ano teria me vencido.

Espero que esses dois últimos meses passem sem fazer estragos. 

Posso ser inocente e acreditar que em 2016 vai ser tudo diferente?

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O resto é mar, é tudo que eu não sei contar ♪

Ta aí, eu não sou puro romance. Ou não sei ser romântica.

Vários namorados, rolos e afins já reclamaram da falta de mensagens, ligações, palavras bonitas.

E, como de se esperar, o meu princeso reclamou, disse que não falo muitos dos meus sentimentos, não falo coisinhas fofas. Ele também não fala muito, é verdade, e eu retruquei isso. Acho que estávamos acostumados com pares que faziam isso pela gente. Aí no nosso relacionamento fica essa lacuna.


Confesso que não ligo muito. Acho lindo e fico toda boba quando ele fala algo bonito de repente, pessoalmente ou por mensagem. Mas se não fizer, não noto. E quase nunca também tenho vontade de dizer algo, e era o que eu sempre pensava, “não falo porque não quero”. 

Mas agora mesmo, no trabalho, senti vontade de dizer mais tarde, quando encontrá-lo, que ele foi uma das melhores coisas que me aconteceu – ainda mais porque o clima não está muito bom no momento -, mas só de pensar em dizer senti os olhos marejados. Sei lá, é como se fosse não apenas emoção, mas exposição demais, como se fosse me abrir, me mostrar frágil, e recuei, fiquei com medo. Queria só falar, não queria chorar na frente dele, não por isso.

sábado, 5 de julho de 2014

Amores



A verdade é que sempre fui boa, mesmo que de forma não proposital, em fazer os homens se apaixonarem por mim. Ligações no dia seguinte e pedidos de namoro nunca me faltaram.
Mas devo confessar que tenho dificuldade em fazer o amor perdurar. 
Não tinha refletido sobre isso até meu último namoro, até mesmo porque, até então, eu é quem tinha terminado todos os meus relacionamentos. Porém, após o último término, passei a pensar em todos os meus fins, que nem cabem mais aqui.

O que sei é que o último término aconteceu. E é estranho pensar nisso quando lembro do quanto ele demonstrava, involuntariamente, gostar de mim. Do choro pessoalmente, do desespero quando falei em separação e quando me separei dele uma vez. Duas.
Nós brigávamos muito. Culpa dos dois. Ele errou muito. Eu errei.
Só que, ainda sim, a calma dele ao terminar comigo me surpreendeu. Fico pensando pra onde que foi aquele amor todo, embora ele tenha afirmado até o fim, gostar de mim.

Eu sei que amor acaba, que briga desgasta, que rotina enjoa. Sei tudo. Mas meu problema é maior.

Eu tenho agora um novo amor. Um princeso lindo que me rouba sorrisos todos os dias, que é companheiro, que esta me fazendo muito feliz. E que demonstra MUITO gostar de mim. Que, mesmo com pouco tempo de relacionamento, me fez achar o seu “eu te amo” não exagerado. Talvez tenha sido pelas lágrimas nos olhos, a vergonha e o abraço apertado. Não sei.

Só que estou desesperada com todo esse sentimento. Estou com muito medo que acabe de repente. Que ele se vá. Eu fiquei algo que nunca fui em relacionamentos, insegura. Eu sempre fui muito cheia de mim, achava que podia mandar e desmandar, e agora tenho receio até de reclamar de pequenas coisas.

A sorte é que o princeso chegou no ano em que resolvi mudar, me tornar uma pessoa menos impulsiva, menos ciumenta, briguenta e orgulhosa. Sorte dele. Sorte nossa.

E que eu consiga cumprir minha meta de 2014 por ele, que chegou depois, e por mim, que estou aqui há muito mais tempo e vou permanecer sem dúvidas.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pelo caminho

Pelo caminho ficou minha vontade de ser publicitária, ficou uma sandália que gostava muito e um dos meus primeiros diários. Ficou meu saudosismo pela época da escola, meu gosto por novelas mexicanas e ficaram quatro namorados.

Pelo caminho ficou meu receio de ficar com caras mais novos, a graça de ficar horas no telefone e a ideia de ter que contar tudo para os amigos. Ficou a autoestima baixa, a perna fina e ficaram as aulas de violão.

Pelo caminho ficou meu preconceito com pombos, o ficante que parecia o namorado ideal, uma lente. Ficou o aparelho, a academia e ficaram muitos guarda-chuvas.

Pelo caminho ficou minha vontade de ser sempre mais nova do que sou, a vergonha de seminários, ficou um fotolog. Ficou  o sentimento de obrigação de casar e ter filhos, a falta de liberdade e ficaram três amigas.

Muitas coisas eu quis deixar pelo caminho, outras se foram sem autorização. Mas quis escrever, porque estou com a sensação de estar no lugar certo, com a idade certa, com as pessoas, conceitos e as ideias certas. E tudo isso pode ficar pelo caminho também: a sensação, os planos. Mas por hoje, satisfação e leveza. E, também, por hoje, eu não mudaria - praticamente - nada que já aconteceu comigo.


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Metamorfose

É bom e útil relembrar cenas que já aconteceram com a gente, mesmo que há muito tempo atrás; dá para avaliar o quanto, muitas vezes, cometemos erros tolos e exageramos em certas situações que, no momento, não parecem, mas depois vemos que são irrelevantes. E eu sempre fui muito boa em exagerar, em achar que os erros alheios eram enormes e mereciam, sim, meu escândalo e minha revolta, tendo, o "culpado", que ouvir, sim, tudo de ruim que eu tinha para dizer.

Talvez por andar com tanto tempo livre para reflexão e por já ter notado que certos comportamentos me levam sempre para o mesmo lugar - não só por culpa minha - estou tentando, de coração, mudar muitas coisas em mim. 
Eu acredito mesmo que qualquer pessoa pode mudar, mas não sem dor. Mudança de comportamento é caminho longo, cansativo, porque, às vezes, temos características tão enraizadas, que já agimos no automático.

Só que eu decidi e ACREDITO que 2014 será o meu ano. E, entre outras coisas, o que eu quero é isso: mudar.
Quero perder meu ciúme que, muitas vezes, é quase doentio: eu já melhorei muito nessas minhas terapias internas de mudança, mas ainda há muito o que fazer; quero deixar de fazer tempestade por coisas bobas e parar de crucificar tanto as pessoas quando elas erram comigo; quero perdoar com mais facilidade e perder um pouco do orgulho. Quero, um dia, conseguir ser a pessoa que vai atrás do outro depois de uma briga, porque, pra mim, isso é quase sacríficio! Mas não quero mais que seja assim, porque eu sei bem, por experiência própria, que o outro lado, certo ou errado, também cansa de ir sempre atrás - tudo que é sempre, cansa - e quero ser mais paciente, principalmente dentro de casa.

São muitas mudanças, eu sei, mas sei, também, que sou capaz e que querer já é muito. Eu vou precisar de calma e sabedoria, e compreensão pra me aceitar quando eu falhar. Eu estou buscando ajuda espiritual, tenho conversado muito com Deus e pedido bastante ajuda pra ser a pessoa melhor que eu quero ser, e estou sentindo energias positivas, estou sentindo segurança. amém.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

madrugadas

Eu sou uma pessoa noturna, sempre que posso, claro.

E agora estou de férias.


Mas as madrugadas são traiçoeiras.


Eu levanto e sento na cama, enquanto assisto TV, umas vinte vezes.


Tenho crises de empolgação e danço no quarto. E choro também.


Jogo algum joguinho no celular.


Entro no facebook.


Bebo bastante água.

E penso, penso, penso. No estágio que não aparece de jeito nenhum - É O ÚLTIMO ANO DA FACULDADE, FUDEU, VOU MORRER, NUNCA VOU ARRUMAR EMPREGO NA MINHA ÁREA; Na vontade de voltar a ficar com certo carinha que tem tudo a ver comigo; Em quanto não adianta eu tentar, eu não consigo ir atrás dos caras, ter iniciativa de mandar um whatsapp que seja, mesmo que eles estejam, também, atrás de mim - MAS EU TENHO QUE MUDAR! DA PRÓXIMA VEZ VOU FAZER DIFERENTE; No meu desânimo com a faculdade e nos professores malas que já sei que pegarei, novamente, no próximo semestre; Que quero comprar roupas, mas preciso da companhia da minha mãe, e estou brigada com ela, e não sou naaada independente; Na decisão errada, mas honesta comigo mesma, de abandonar o inglês - NÃO TEM HIPÓTESE ALGUMA DE EU CONSEGUIR ESTUDAR MAIS QUASE TRÊS ANOS DE INGLÊS. ODEIO. ODEIO. NÃO AGUENTO MAIS AQUELE CURSO, NÃO ENTURMEI MUITO COM A TURMA E MINHA ÚNICA COLEGA VAI SAIR. E, PQP, INGLÊS É TÃO IMPORTANTE PARA MINHA ÁREA, QUE RAIVA :/; No curso de espanhol que vou começar no fim do mês, e no medo enorme de detestar tanto quanto o inglês; E de novo no tanto de currículos que mando todos os dias sem retorno - O QUE EU VOU FAZER QUANDO A FACULDADE ACABAR; Sorrio lembrando de um carinha divertido, safado e doido por mim, que eu ficava;  Me masturbo; Imagino cenas que sei que não acontecerão.



Depois me proponho a dormir. Deito, rezo e me esforço pra conseguir dormir.


Mas a reza de ontem foi estranha, foi maravilhosa. Me senti tocada de verdade, como pouquíssimas vezes na vida. Fazendo um habitual pedido, senti uma força dentro do peito difícil de explicar. Foi quase uma certeza de que iria ser ouvida e atendida. E eu tenho pedido mesmo mais fé. Porque ando lendo um pouco a bíblia, e li várias passagens falando da falta de fé que faz as pessoas não alcançarem seus objetivos. E seja isso uma variante do "segredo" ou não, eu quero ter mais fé.


Reli agora o post e constatei que ele não faz sentido algum. E são 04:16.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Novas descobertas

Estou descobrindo, incrivelmente só agora, nessa minha nova fase de solteira o quanto as pessoas exageram/mentem sobre o que sentem ou então o quanto os quereres são volúveis. 

O bom é que essa nova descoberta está me deixando mais esperta.