quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

olhos castanhos

Mais uma esperança arrancada com mãos de dor. Menos um pedido pra fazer.
E, mesmo não sendo provável, eu acreditei, com meus olhos de menina, em mim mesma. na fé.
Eu poderia ser capaz, afinal.
Toda a história de continuar tentando, de não desistir, parece tão clichê.

Sei - com os olhos de menina - que um dia vai acontecer, que vai realizar, mas essa espera sem tentar me cansa, me dói.
Não tenho o tempo de antes, não posso deixar pra pensar depois.

Não, eu não sei como agir. Não diga que é fácil. Cansei dos conselhos sem solução.
Consigo, sim, sentir a raiz, só não sei como conseguir força.

Há ainda uma esperança, confesso. Mas é tão pequena, que é pior. E o erro da tela faz diminuir cada vez mais.
Não, não é menos um pedido pra fazer. Ainda não.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Da amizade

E, no fim, a noite falida de quem queria sair pra dançar e não pôde, foi beeem divertida.
Estar com vocês é sempre assim, e eu andava com muita saudade da nossa amizade.

Falar muita besteira, rir muito, dormir às seis da manhã, relembrar antigas histórias, fazer novas confidências.
E por mais que estejamos seguindo nossos caminhos, sempre vai haver paradas pra encontros.
Essas paradas pra felicidade é que nos dão força pra enfentrar a vida.
Sentir as lágrimas, e poder ter sorrisos pra lembrar.

E eu ando assim... vazia e cheia.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um pouco de sol, um pouco de mar, um pouco de amigos

E você vai à praia com os amigos, e se diverte, e ri muito, e você conversa sobre coisas sérias, e fofoca, e fala besteira, e você leva um caldo, e bebe muita água salgada, e fica vermelha, e com a boca arrebentada, e você pega uma chuva forte quase chegando em casa, e para o carro, e você corre pra casa de um amigo, e fica com medo dos cachorros, e molha o sofá dele, e volta cansada. e tudo parece tão feliz.


As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar ♪



sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sorriso de dor

Chamava a atenção de todos, enquanto se descabelava de rir, no meio da rua. Roupa de gente centrada, cara de maluca.
Parou, quando percebeu que ria da sua própria dor no peito, de não amar certo.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Vento

Não sentia mais o perfume dela, entrando escondido em seu quarto, pra dormir ao seu lado. Não sentia mais incômodo no estômago ao ouvir o nome dela.
Não estava presente em todos os seus sonhos.

Teve outros amores, trocou os CDs antigos por novos. Jogou fora a sua camisa, que era a preferida dela. Jogou, do sexto andar, as fotos. Deixou todas as lágrimas saírem – mesmo que homem não chore -, pra não ser incomodado mais tarde.

Se sentia livre, mesmo que, às vezes, um vento qualquer trouxesse um passeio de mãos dadas. um beijo roubado. um suspiro.
Já sabia agir nessas situações, era só pensar no trabalho, nos planos para o futuro.

E ele saía, e sorria, e brincava, e dançava, e lembrava dela, e pensava no trabalho.
Acreditava na sua felicidade, mesmo sabendo faltar 1/3. Ele podia viver assim, afinal. E era bem mais fácil que perdoar.

Correndo, perdeu um pouco do fôlego, e sentou em um banco do parque. Sentiu um arrepio. Antes que pudesse desviar os pensamentos, o vento trouxe um papel. Uma foto. O número que nunca esquecera, na ponta da língua.
- Sabrina?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Porto

Não é pra compensar. Não precisa ser extremo, não pode oscilar. Tem que ser, e tem que ser forte, mas precisa de controle, e de mãos, e de pele.

Tem que ser suave, parecer brisa fresca no rosto. Todo dia, tem que ter um pingo, ao menos, de poesia e cores novas. É pra conhecer coisas nunca vistas, e pra conhecer coisas velhas.

É pra cantar desafinando, com a voz grossa da manhã. Puxar pra perto, estar perto, estar dentro. Precisa-se de muitos sorrisos, e de lágrimas – poucas - também.

Pode fazer conta no dedo, se quiser. Ver a lua e admirá-la, é obrigação.
Tem que saber falar. E fazer castelo torto de areia. Se souber fazer biscoitos, vai ser bom.

Rabiscar o chão, soletrar sentimentos, contar um segredo, ser grande amigo, conhecer a alma, mas não toda. Dormir até tarde, fazer silêncio. Gritar.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Essas coisas

O que seria de nós sem a esperança?