E de vez em quando, o buraco do fundo do poço da alma apita, quer palavras, reviravolta, desejo, vento soprando saudade – mas de algo de verdade.
Nessas horas eu interpreto o copo como meio vazio.
Eu sei do tanto de coisa que há do outro lado, mas o meu anda sem nada.
E tudo é motivo pra encher os olhos de lágrimas.
Ouvir o eco faz mal, e esse vento desfeito me entope de coisas que quero sentir e viver.
É que estou muito e estou com pouco. Uma sede e um coração vazio.
Um nó feito por falta, feito pelo querer. Grito preso que não sabe o que dizer.
Está tudo apertado aqui dentro, mesmo cheio de espaço vazio.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
parece eu, agora.
Vc escreve tão intensamente. E a gente se enxerga no que vc diz...
Bom, depois da tempestade vem a abonança... e a gente segue esperando que a tempestade pelo menos encha a outra metade do nosso copo...
Beijos
Postar um comentário